Três personagens, três identidades, três pontos. O que pode haver em comum entre um estudante universitário que sai de São Paulo para um intercâmbio, um homem de 30 e poucos anos que odeia seu trabalho e um solteiro estereotípico já na casa dos 50 anos que é dono de um bar em Staten Island? Quase nada e quase tudo ao mesmo tempo. Saindo de casa aos 20 anos para recomeçar a vida em outro país, Miguel luta contra a depressão e a dificuldade de se relacionar profundamente com as pessoas. Ao longo do caminho, ele precisará enfrentar seus maiores medos, encontrar aliados, desafiar os preconceitos sobre sexualidade e origem enquanto reconstrói suas noções de si mesmo. Viver mecanicamente na cidade mais movimentada do mundo pode ser muito fácil, mas tudo começa a mudar quando ele encontra uma mulher misteriosa que parece que ninguém mais vê. Fazendo um trabalho que ele odeia da melhor maneira possível e aliviando a tensão nos bares da cidade, esse homem vai aprender que é muito mais fácil se perder quando o caminho não é observado. E que talvez ele não seja exatamente quem ele pensava. Chegando aos seus 50 anos, Rudy é desafiado a abandonar o que ele mais ama, o que define sua identidade, sua vida, sua casa. Junto com velhos amigos e novos conhecidos, acaba percebendo que o que busca nunca esteve tão perto, ainda que tão distante. As três histórias percorrem as ruas de Nova Iorque e as mentes dos três personagens, em um emaranhado de ideias e pensamentos que se estendem e desmoronam, que abrem e fecham, são perdidos e encontrados. As viagens de cada personagem, que se entrelaçam e se distanciam ao longo do livro, lembram, em maior ou menor medida, a história de quem, por um momento, parou para pensar em si mesmo e não conseguiu chegar a uma conclusão, seja ela qual for. Afinal, Três pontos é uma grande questão. Cabe ao leitor encontrar a resposta.