A psiquiatria da infância e adolescência tem um papel essencial na saúde mental da população. Trata-se de uma oportunidade única de intervir precocemente, ajudando jovens e suas famílias a prevenir e tratar transtornos psiquiátricos, que em até quase metade dos casos se iniciam antes dos 18 anos. Essa atuação deve ser necessariamente multiprofissional, envolvendo psiquiatras, psicólogos, pediatras gerais, especialistas pediátricos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, pedagogos, educadores e outros profissionais comprometidos com o cuidado integral da saúde de crianças e adolescentes.
As diferentes especialidades da saúde que atendem esse público precisam adaptar-se aos desafios contemporâneos. De fato, o aumento das taxas de depressão, ansiedade, estresse, solidão, ideação e tentativas de suicídio tem gerado crescente demanda por serviços especializados. Soma-se a isso a influência de fatores sociais, como pobreza, violência, abuso e condições de vida adversas, que elevam o risco de adoecimento mental, ampliando o impacto econômico sobre os países e intensificando o sofrimento individual e familiar.