Entre os anos de 2019 e 2022, publiquei regularmente a coluna trabalhos no subsolo na revista Revestrès, de Teresina. A partir de agosto de 2023 e começo de 2024, já sem a revista impressa, entre publicações mensais ou quase mensais, publiquei alguns outros textos tentando recompor uma geografia imaterial para ler trabalhos mais corajosos, da acrobacia ao livro. Essa expansão compõe um segundo tempo. Entre 2019 e 2023 publiquei também alguns textos no site da revista Cult, de São Paulo, que conversam diretamente com os da Revestrès. Há um jogo simultâneo entre eles para propor um modo de ensaio crítico, mínimo e tenso, numa tentativa de desmontar a ideia da resenha ou do comentário como meros empenhos publicitários muitas vezes pagos aos resenhistas ou aos jornais sem eira nem beira por editoras ricas para ampliar a quantidade de seus leitores-voyeur. Este livro é uma reunião desses texto diante da ideia de que o impossível é uma linha em espiral que se estende como leitura de uma disparidade anacrônica do pensamento em caminhada, como era cada texto em cada revista e como se apresentam agora, na ficção crítica de um conjunto.