Por absoluto respeito a quem adquire minhas obras, só lanço outra edição quando alterações legislativas, jurisprudenciais ou doutrinárias justificam novas abordagens. E, quando tal ocorre, releio toda a obra para adequar o texto às tendências atuais. Para isso, trago a jurisprudência mais atual e me debruço sobre o que outros autores estão falando. Não há outra forma de construir algo novo. Vejo com muita responsabilidade tomar posições e sustentar tendências, sempre procurando aplaudir novos avanços e respeitar opiniões diversas. Por isso, não me cobrem coerência em alguns temas. Afinal, está-se sempre mudando, até de opinião. E quem não evolui já morreu. Escrevo como falo, com uma linguagem direta e simples, pois quero que as pessoas entendam esse intricado mundo do direito, sem que tenham que fazer disso um grande sacrifício. Quem me conhece sabe que nada tenho de convencional. Só que isso não subtrai a cientificidade dos textos, sendo este o papel da doutrina. E este sempre foi o meu compromisso. Provocar reflexões sobre o que é justo e o que é legal. Confrontar o que está posto é uma característica toda minha. Até porque não há outra forma de construir uma justiça mais rente à realidade da vida. Claro que, como sempre, com um olhar crítico - quase mordaz -, pois não tenho como ser conivente quando me deparo com enormes injustiças. E nesta nova edição enfatizo a urgência de dar efetividade ao Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero, criado pelo Conselho Nacional de Justiça, para que seja alcançada a igualdade de gênero, segundo o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável - ODS-5 da Agenda 2030 da ONU. Além disso, procuro trazer minha experiência de muitos anos no exercício da magistratura e as inquietações da carreira na advocacia. Que todos recebam esta nova edição com um gesto de afetividade. Sintam-se acarinhados ao manuseá-lo.