Munido do mesmo ímpeto com que, menino, grafou repetidas vezes uma mesma palavra e, assim, se deu conta da força da escrita contra suas dificuldades de fala, Carlos Heitor Cony escreve até hoje. Muito, todos os dias, profissionalmente - mesmo se, por largos anos, pôde prescindir da ficção por estar feliz com a vida real. Foi eleito para a cadeira 3 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Artur de Oira, em 23 de março de 2000, sendo o seu quinto ocupante. Nesta edição, trechos do romance ainda inédito "A tarde da sua ausência" se somam aos depoimentos de Ruy Castro, Marcio Moreira Alves, Heloisa Seixas, Zuenir Ventura e Luis Fernando Verissimo e aos ensaios de Antonio Hohlfeldt, Raquel Illescas Bueno e Luiz Alberto Gómez de Souza.