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Cicatriz de Marilyn Monroe, A

Cicatriz de Marilyn Monroe, A

Editora: Iluminuras
Avaliação:
R$ 59,00 á vista

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Código: 9788573213720
Categoria: Poesia
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O OLHAR DO FOTÓGRAFO,

O OLHAR DO POETA

  Nascida Norma Jeane, Marilyn Monroe tinha lampejos como: “Pri­meiro preciso convencer a mim mesma de que sou uma pessoa. Depois talvez me convença de que sou uma atriz”.

  É imediato associar tal inquie­tação à ironia de um Álvaro de Campos: “Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti e perdi-me”, ou à de um Bernardo Soares: “Sonhar é muito mais prá­tico que viver”.

  Fernando Pessoa é talvez quem esteja mais à mão, mas poderíamos pensar em vários outros poe­tas, artistas e pensadores com os quais Marilyn dialoga, de Nietzsche a Deleuze, todos empenhados em esta­be­lecer o limite entre norma e exceção, verdade e mentira – a vertiginosa perquirição da identidade em crise.

  Tal é o entrecho do poema dramático A cicatriz de Marilyn Mon­roe, longo monólogo em que Marilyn divide a cena com seu duplo, Norma (ou seria o contrário?), enquanto aguarda a chegada do fotógrafo da Vogue.

  Enquanto espera, Marilyn mergulha fundo em si mesma, disposta a se revelar por inteiro, e diz, brincalhona e fatal, ao fantasma do fo­tó­grafo: “Vamos ver se você segu­ra o tranco, se é bom de câ­ma­ra, / se a alma não sai pela boca quando eu ficar bem perto, / à queima-roupa, e abrir os olhos / para além da metáfora de florir”.

  Mirando-se no espelho, Norma reconhece: “Perdi a vida por amar o disfarce”. Mas imediatamente em seguida, na mesma frase, Marilyn retruca: “o artifício é o dom / dos que não se contentam com pouco e cavalgam alheios / no pelo lustroso da Ursa Maior”.

  Para retardar o instante da revelação, cada cena é antecedida do seu respectivo “plano” – voz neutra de um narrador que, à semelhança do coro na tragédia grega, convida o leitor a acompanhar de perto o drama do ser que sabe: a mentira não existe; mentir é só uma forma de dizer a verdade.

  Em suma, poesia da melhor qua­lidade, amorosamente extraída de um dos mitos do nosso tempo, essa fulgurante Marilyn Monroe/Nor­ma Jeane, que enquanto aguarda o fotógrafo da Vogue é flagrada pelo olhar inquieto do poeta Con­tador Borges.

Carlos Felipe Moisés

Páginas96
Data de publicação01/07/2021
Formato19 x 14 x 3
Largura14
Comprimento19
AcabamentoBrochura
Lombada3
Altura0.3
Tipopbook
Número da edição1
Classificações BISACART000000; POE000000
Classificações THEMAA; DC
Idiomapor
Peso0.015
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